Dr. Rodrigo Luz - Psiquiatra

CRM: 206467 / RQE: 112934

Transtorno do déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH

Transtorno do déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH

Com a sociedade cada vez mais tecnológica e o uso incessante de telas, seja por adultos ou crianças, temos observado uma profunda alteração no comportamento dos indivíduos. Nesse sentido, gostaria de abrir um diálogo sobre um tema que é, ao mesmo tempo, complexo e profundamente humano: o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, mais conhecido como TDAH. Esta condição, frequentemente mal interpretada, abrange muito mais do que a inquietação ou a dificuldade de concentração que pode vir à mente quando se ouve falar dela pela primeira vez.

 

O TDAH é um transtorno neurobiológico e do neurodesenvolvimento, o que significa que é originado no cérebro e tem uma base genética significativa. Ele afeta o funcionamento e o desenvolvimento do cérebro, levando a desafios na regulação da atenção, controle de impulsos e, para alguns, hiperatividade. Importante frisar, o TDAH não é fruto de “má educação”, falta de esforço ou carinho. É uma condição médica, com manifestações que variam significativamente de pessoa para pessoa.

 

Uma das características mais marcantes do TDAH é a diversidade de seus sintomas e o impacto variável que podem ter na vida de cada pessoa. Alguns podem enfrentar dificuldades principalmente em ambientes acadêmicos ou profissionais, enquanto outros podem achar desafiador navegar pelas complexidades das relações sociais ou das tarefas diárias.

 

No entanto, é crucial entender que o TDAH não define quem uma pessoa é. Indivíduos com TDAH possuem uma ampla gama de habilidades, talentos e paixões. Eles podem ser criativos, dinâmicos, intuitivos e capazes de pensar fora da caixa de maneiras que surpreendem e encantam. Com as estratégias de apoio corretas, não há limites para o que podem alcançar.

 

O diagnóstico de TDAH é realizado por um profissional, e deve ser realizado após a coleta de informações de várias fontes. Uma única avaliação não é parâmetro para esse diagnóstico tão complexo. Seja no consultório ou na Universidade me deparo diariamente com diagnósticos realizados de forma incorreta, e tratamentos prescritos para condições não existentes, sem considerar o impacto negativos que isso traz.

 

O caminho para compreender e gerenciar o TDAH envolve, acima de tudo, compaixão e paciência. Tratamentos e estratégias de apoio, incluindo medicamentos, terapia comportamental, coaching e ajustes no ambiente de aprendizado ou trabalho, podem fazer uma diferença significativa. Tão importante quanto, o apoio de amigos, familiares e educadores é indispensável, oferecendo um ambiente que reconhece os desafios e celebra as conquistas.

 

Para aqueles que convivem com o TDAH, lembrem-se: vocês são muito mais do que os desafios que enfrentam. Sua capacidade de perseverar, adaptar-se e encontrar alegria na jornada é uma fonte de inspiração. E para aqueles que caminham ao lado, saibam que seu amor, compreensão e apoio são presentes inestimáveis.

 

Que possamos todos nos mover em direção a um futuro onde o TDAH seja entendido não apenas através de suas dificuldades, mas também pela riqueza de perspectivas e potenciais que traz às nossas vidas. Juntos, somos mais fortes, mais sábios e infinitamente mais capazes.

Dr.

Rodrigo de Almeida Luz

CRM: 206467 • RQE: 112934

Como médico psiquiatra especializado em Psiquiatria da Infância e Adolescência, minha carreira é o encontro de um sonho de longa data com uma vocação profunda. Minha formação começou na Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP), seguida pela residência na Universidade de Santo Amaro (UNISA) e a especialização na Universidade Federal do Estado de São Paulo (UNIFESP). Na UNIFESP, além de aprofundar minha especialização, assumi o papel de Supervisor dos Ambulatórios de Psiquiatria Infância e Adolescência (TEAMM, DICA e UPIA), onde tenho a oportunidade de impactar a vida de jovens pacientes e contribuir para a formação de futuros profissionais.

 

Para mim, a psiquiatria não foi uma escolha, mas um chamado. Trabalhar com crianças e adolescentes é mais que uma profissão; é uma paixão que me permite fazer uma diferença significativa no início de suas vidas. Através da compreensão, da empatia e do suporte, busco não apenas tratar, mas também iluminar o caminho para um futuro mais brilhante para cada um dos meus pacientes.

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